Secretaria de Educação de Maceió e PNUD divulgam relatório conduzido pelo IPC-IG sobre analfabetismo no município

Por IPC-IG

                                                       

Resultado foi apresentado durante evento realizado em Maceió. Foto: Ascom/Secretaria Municipal de Educação (Semed) 

 

Brasília - Entre 2010 e 2015, a taxa de pessoas analfabetas em Maceió caiu de 11,4% para 8,3%. Com a redução, a capital passa a alcançar um índice de analfabetismo bem próximo da média nacional, de 7,8%. Esses são resultados destacados por uma pesquisa divulgada durante o evento Enfrentamento do analfabetismo em Maceió: discutindo inovações para orientações da educação de jovens, adultos e idosos, em Maceió (Alagoas).O estudo foi conduzido pelo IPC-IG, sob supervisão do PNUD.

 

O estudo fornece subsídios para que o município alcance, até 2024, a meta do Plano Nacional de Educação de redução do analfabetismo. Segundo o coordenador do trabalho, o Coordenador de Pesquisas do IPC-IG e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rafael Osório, “o processo de pesquisa partiu de uma demanda da Secretaria Municipal de Educação que queria ter um compromisso sério com a superação do analfabetismo”.

 

Segundo Censo de 2010, residiriam 88 mil analfabeto em Maceió. De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Continua do IBGE (PNAD) do último trimestre de 2015, haveria 66 mil. Segundo Osório, embora esses dados sejam de fontes diferentes, e, portanto, não inteiramente comparaveis, eles sugerem que as iniciativas de educação e alfabetizacao de jovens e adultos existentes no municipio devem ter tido algum resultado. 

 

                                                                      

 

A pesquisa buscou entender os motivos que levam ao elevado índice de analfabetismo a partir de fontes de dado como Censo, IBGE, INEP e os dados dos registros administrativos da Secretaria Municipal de Educação. Para o coordenador do estudo, é possível verificar que a redução significativa do analfabetismo em Maceió, nas ultimas 3 décadas, deve-se ao aumento do acesso e da permanêcia das criancas na educação fundamental. “Analisando os dados do Censo de 2000 e de 2010, verifica-se que a população analfabeta em Maceió está menor e mais velha, o que indica ter havido, sim, maior eficácia da alfabetização de crianças”, analisa Osório.

 

O estudo passa a ser material de apoio para a construção de estratégias para universalizar a alfabetização na cidade. 

 

Entregamos subsídios para que a Secretaria conheça a realidade do analfabetismo em Maceió. Nossa expectativa é de que as informações sejam suficientes para a tomada de decisão para formulação e fortalecimento de política pública e para a redução do analfabetismo no município”, ressalta a oficial de programa do PNUD, Maria Teresa Fontes, que supervisionou a iniciativa.

 

 

Artigo redigido pela equipe do PNUD Brasil e publicado originalmente no site em 26 de agosto de 2016.