Resumo:"O texto resume os principais resultados das pesquisas quantitativas de representatividade nacional sobre o Programa Bolsa Família (PBF) e as relações de gênero. Identifica que o PBF ampliou o acesso das mulheres beneficiárias ao pré-natal e à respectiva autonomia decisória sobre temas domésticos. Ainda, as análises econométricas não encontram alterações relevantes na participação dos beneficiários do PBF no mercado de trabalho, mas há indicativos de que a redução de horas dedicadas ao trabalho produtivo entre mulheres beneficiárias é compensada pelo aumento das horas direcionadas às tarefas domésticas – o que não ocorre entre os homens beneficiários. O texto conclui que o PBF não pode se furtar à crítica de uso instrumental da mulher, mas interpretá-lo meramente como um programa maternalista despreocupado com as escolhas das mulheres adultas parece reducionista. Primeiro, porque o Bolsa Família pode ser capaz de apoiar as mulheres na concretização de direitos reprodutivos, além de lhes flexibilizar a necessidade de sujeição a relações de trabalho muito precárias. Segundo, porque sua estrutura de dados sobre as pessoas beneficiárias fornece a outras políticas públicas um amplo potencial de atuação, que pode e deve considerar mecanismos de ampliação das escolhas disponíveis às mulheres beneficiárias". (...)

Palavras-chave:Bolsa Família, relações de gênero, pesquisas nacionais
Data de publicação:
Tipo/Issue:Policy Research Brief/55
ISSN:2358-1379

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